Uma pesquisa realizada pelo Datafolha e encomendada pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), pelo Instituto Oncoguia e pela farmacêutica Bayer, mostra que homens ainda não têm conhecimento sobre a importância do exame de toque retal para diagnóstico do câncer de próstata. Dentre os entrevistados, 48% diz não fazer o exame, que pode identificar câncer de próstata, por machismo.
De acordo com o Instituto de Pesquisa, dos 1.062 entrevistados de 7 capitais brasileiras, 38% ainda acreditam que o exame “não é necessário” para homens com mais de 60 anos – maior grupo de risco de ser diagnosticado com câncer de próstata.
Outros dados alarmantes mostram que 21% dos homens disseram não fazer o exame de toque retal porque “não é coisa de homem” e 27% dos entrevistados com mais de 60 anos nunca fizeram o exame. Os exames de toque retal e o PSA – que mede o nível da substância produzida na próstata identifica se há alguma alteração – são as principais maneiras de diagnosticar o câncer de próstata. Ambos exames não são demorados e podem ajudar a descobrir a doença ainda no início, auxiliando no processo de tratamento.
A recomendação é que os homens comecem a frequentar o urologista aos 50 anos, uma vez por ano. Caso tenham histórico de parentes com câncer ou sejam negros, o ideal é que as consultas comecem aos 45 anos.
De maneira geral, a maioria dos homens sempre vai ao médico quando sentem um sintoma muito grave. Como o câncer de próstata não apresenta nenhum sintoma característico, muitos pacientes descobrem que têm a doença quando o tumor já está em estágio avançado. É importante que o homem se informe sobre os benefícios do exame para que não deixe o preconceito do medo prejudicar a prevenção e o diagnóstico do câncer.
Matéria para o Jornal O Popular – Dia 24/09/2017
Dr. Fernando Leão
Urologista e Cirurgião Robótico para tratamento do câncer de próstata.