Urologia & Cirurgia Robótica / CRMGO 9517 / CRMSP 88743 / RQE 4410

Cálculo Renal

Doença provocada por cristais
que são eliminados na urina.

O que são Cálculos Renais?

O cálculo renal, popularmente chamados de “pedra no rim”, é a doença provocada por cristais que são eliminados na urina. Assim, pode ocorrer em decorrência da dieta e do metabolismo interno. Quando ocorre um excesso de cristais na urina, acontece a supersaturação. Desta maneira, os cristais vão se agregando para formar o cálculo renal.

Os rins têm a função de manter o equilíbrio de água, minerais e sais em nosso organismo. A urina é o produto da filtração do sangue e nela estão dissolvidas substâncias como cálcio, oxalato, fosfato. Em certas condições, essas substâncias encontram-se extremamente concentradas na urina, formando cristais. Uma pedra é formada quando estes cristais de agrupam.

Os cálculos renais podem ser formados por uma grande variedade de minerais:

  • 1- Cálculos e cálcio: A grande maioria dos cálculos renais, cerca de 80%, são formados por oxalato de cálcio. As pessoas que formam este tipo de cálculo em seus rins, apresentam uma grande quantidade de cálcio em sua urina. Essa condição é chamada de hipercalciúria e é causada pela grande absorção de cálcio pelo intestino ou dos ossos. A hiperoxalúria acontece quando há grande quantidade de oxalato na urina. Doenças inflamatórias intestinais ( Doença de Crohn ou retocolite ulcerativa) assim como cirurgias intestinais, podem ser a causa desta condição. Cálculos de fosfato de cálcio são mais raros e são formados por uma condição médica chamada acidose tubular renal.
  • 2- Cálculos de Estruvita: Esses são chamados de “cálculos de infecção” e são compostos por uma mistura de magnésio, amônia, fosfato e carbonato de cálcio. Alguns tipos de bactérias formam amônia, elevam o pH, deixando a urina mais alcalina e promovendo a formação de estruvita.
  • 3- Cálculos de Ácido Úrico: O ácido úrico é produzido quando o organismo metaboliza proteína. Quando a urina torna-se ácida (pH abaixo de 5,5), ocorre uma saturação de cristais de ácido úrico na urina, condição chamada de hiperuricosúria. O agrupamento destes cristais levam à formação dos cálculos. Pessoas que consomem grande quantidade de proteína são mais propensas a desenvolver esse tipo de calculo, assim como pacientes em tratamento de quimioterapia e com gota.
  • 4- Cálculos de Cistina: São cálculo raros e desenvolvem-se em pacientes com alterações metabólicas, levando à grande quantidade de cistina na urina.

O Cálculo Renal é uma doença muito comum. Estudos têm demonstrado que 15% dos indivíduos formarão pedras nos rins em algum momento de suas vidas. Considerando que 30% desses pacientes serão hospitalizados e submetidos a alguma intervenção (fragmentação endoscópica, por exemplo) associada à redução da produtividade, pode-se avaliar o grande impacto social e econômico dessa doença.
Ocorre de 2-3 vezes mais em homens que mulheres, com pico de incidência entre a 4a e 6a décadas de vida.

É doença mais frequente nas regiões de clima quente e seco. Principalmente, ocorre no verão e em trabalhadores expostos a ambiente quentes. São chamadas de doença ocupacional. Além disso, está associada com o aumento do IMC, diabetes tipo II e síndrome metabólica.

Fatores de risco dos Cálculos Renais

Há associação com antecedentes familiares, com desidratação, com altas temperaturas (maior incidência no verão, alto risco em pacientes que trabalham em ambientes quentes), etnia (maior incidência em pacientes da raça branca), obesidade (quanto maior o IMC, ou índice de massa corpórea, maior o risco).

Além disso, por alterações anatômicas do trato urinário (obstrução), acidose tubular renal, hiperparatireoidismo, hábitos alimentares inapropriados, sedentarismo, infecção do trato urinário, distúrbios metabólicos, diabetes.

Mais ainda, medicamentos (probenecide, losartana, salicilatos, inibidores de protease, vitamina C, inibidores da anidrase carbônica, suplementação de cálcio), quimioterapia, alteração do pH urinário, redução do seu volume (desidratação). Outros hiperoxalúria, hipocitratúria, hipomagnesúria, hiperuricosúria, cistunúria, imobilização prolongada, ressecção intestinal, doença intestinal inflamatória crônica (diarreia), pós-operatório de cirurgia bariátrica por emagrecimento rápido.

Sintomas dos Cálculos Renais

Muitas vezes, a doença é assintomática (não apresenta sintomas) e, por esse motivo, pode passar muito tempo despercebida. Porém, quando as pedras passam a provocar obstrução da drenagem de urina – a chamada ureterolitíase, causam dores muito fortes (cólica renal), que podem ser sentidas na região lombar ou região abdominal inferior.

Essas dores não são os únicos sintomas. Podem ocorrer também:

  • Náuseas e vômitos (pela intensidade da dor);
  • Calafrios;
  • Distensão Abdominal;
  • Febre;
  • Desejo frequente de urinar;
  • Sangue na urina.

Algumas vezes, cálculos renais (no interior dos cálices) manifestam-se por dor leve, pouco característica e intermitente, sendo interpretada como um incômodo de origem muscular pelos pacientes.

Diagnóstico do Cálculo Renal

Habitualmente a maioria das pessoas descobrem que possuem cálculos renais por apresentar dor intensa na região lombar com irradiação para a porção inferior do abdome. A dor pode estar associada à náuseas e vômitos. Isso acontece quando um cálculo renal migra em direção ao ureter, bloqueando a passagem da urina para a bexiga.

Inicialmente seu médico fará uma avaliação completa dos sintomas e exame físico. Informações como história prévia de cólica renal, medicações em uso, história de familiares com cálculos renais, tipo de dieta e outras doenças associadas, são de extrema importância na avaliação inicial.

Alguns exames serão realizados para o diagnóstico de cálculos renais: Exame de urina será útil para avaliar a presença de sangramento ou infecção. Eventualmente exames de sangue para avaliação da função renal ou infecção também serão realizados.

Embora estes exames sejam necessários, apenas exames de imagem podem diagnosticar precisamente a localização e tamanho dos cálculos renais.

A ultrassonografia e o Rx de abdome são exames realizados de rotina para a localização do cálculos, porém vem perdendo cada vez mais espaço para a tomografia computadorizada que apresenta uma grande capacidade de identificar mesmo os pequenos cálculos.

Alguns pacientes não apresentam dor, sendo apenas identificado cálculos em exames de rotina, porém alguns pacientes podem apresentar infecção urinária de repetição e sangramentos recorrentes.

Tratamentos para o Cálculo Renal

As cólicas renais são conhecidas por serem extremamente dolorosas. Nos episódios de dor intensa há necessidade de uso de medicamentos analgésicos e antiespasmódicos para controle da dor. Eventualmente, nos casos de dor intensa, é necessário encaminhar-se a um serviço de emergência para utilizar analgésicos injetáveis. Contudo, muitas pessoas possuem pedras nos rins e desconhecem o problema, pois muitas vezes os cálculos permanecem no organismo durante meses ou até mesmo anos sem causar nenhuma dor. Mesmo assim, sem transtorno aparente, estas pedras são capazes de causar grandes danos aos rins como infecção urinaria e até mesmo insuficiência renal.

Eliminação espontânea dos cálculos podem ocorrer em ate 80% dos casos porem às vezes acompanhada de dor e obstrução urinária levando ocasionalmente a danos ao rim. Nestas situações, na espera da eliminação do calculo você deve ser acompanhada por um especialista na área para evitar maiores problemas. Ingestão de agua e medicação analgésica fazem parte do tratamento para eliminar cálculos urinários.

Caso uma pedra bloqueie as vias urinárias, ocorrerá um bloqueio no fluxo de urina, impedindo que o rim esvazie seu conteúdo para a bexiga levando a uma dilatação e sofrimento dos rins. Na vigência de obstrução urinaria com dilatação do rim, infecção urinária na presença do calculo e dores intensas e recorrentes, estará indicado a intervenção médica com o intuito de remover o cálculo, aliviar a obstrução e a dor e tratar a infecção na urina.

A intervenção médica atual está baseada principalmente em procedimentos minimamente invasivos, isto é, métodos que utilizam modernas tecnologias com menor agressão ao paciente. Cirurgias convencionais requerem incisões cirúrgicas extensas e dolorosas e são pouco empregadas atualmente. Atualmente, os tratamentos mais comuns utilizam diferentes formas de energia com o objetivo de quebrar um cálculo em partículas pequenas o suficiente para serem eliminadas pela urina ou removidas; estas formas de energia incluem, ultrassom, raio laser e impactos pneumáticos. A energia, que é direcionada ao cálculo, deve passar através de um instrumento fino (endoscópio) inserido no trato urinário pelas vias naturais (uretra) ou através de pequena incisão na pele. Muito comum é a litotripsia extracorpórea método ambulatorial que não necessita de anestesia a qual utiliza ondas de choque que atravessam o corpo do paciente em direção ao cálculo, fragmentando-o em pequenas partes que serão eliminados naturalmente pela urina.

Como os Cálculos Renais podem ser prevenidos?

Se em algum momento da sua vida você formou um cálculo em seu rim, existe uma grande chance se novos cálculos se formarem. Determinar a causa da formação do seu cálculo é a primeira medida a ser adotada para a sua prevenção.

A análise de cálculos renais anteriores, são importantes para se tentar identificar qual alteração metabólica está ocorrendo, visando o tratamento específico para cada paciente. Um exame de urina pode demonstrar a presença de cristais, assim como exames de sangue podem identificar alterações metabólicas e hormonais.

Para se prevenir o agrupamento dos cristais de sais na urina, e consequentemente a formação do cálculo, seguem algumas medidas importantes:

  • Aumentar líquidos até deixar urina clara em todas micções do dia. Deve-se beber pelo menos 2 litros por dia. Assim, ocorre a recorrência em 12% nos hiperhidratados vs. 27% nos que bebiam água normalmente;
  • Diminuir proteínas animais para reduzir a excreção de cálcio, oxalato e ácido úrico;
  • Tomar suco de frutas cítricas que neutralizam a carga ácida proveniente das proteínas animais, principalmente limonada. O limão é a fruta mais rica em citrato. Mais ainda, tem 5 vezes mais que laranja e reduz a excreção do oxalato;
  • Fazer atividade física (ideal é 3 vezes por semana por 1:15h);
  • Evitar a síndrome metabólica: obesidade central (circunferência da cintura superior a 100 cm);
  • Hipertensão arterial (pressão arterial igual ou superior a 130/85 mmHg);
  • Glicemia alterada (maior ou igual a 100 mg/dL);
  • Triglicerídeos maior ou igual a 150 mg/dL;
  • Colesterol bom baixo ou HDL colesterol menor que 40 mg/dL);
  • Ingerir dietas hipossódicas (baixo teor de sódio, cálcio, pH e aumento de citrato urinário) e, com alto teor de fibras;
  • Restringir oxalatos (chocolate, batata doce, espinafre, refrigerantes, cereais multigrãos, manteiga de amendoim, feijão verde, chá, aipo);
  • Dependendo do tipo de cálculo, seu médico pode orientar dieta e medicamentos para acidificar ou alcalinizar a urina.

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