Urologia & Cirurgia Robótica / CRMGO 9517 / CRMSP 88743 / RQE 4410

Câncer de Rim

Doença do trato urinário que pode
atingir homens e mulheres.

O que é o Câncer de Rim?

O rim tem uma função de filtro do sangue, fazendo com que alguns produtos que são tóxicos ou que se encontram em excesso sejam eliminados do organismo através da urina. Este órgão é constituído por diferentes tipos de células, que crescem, multiplicam-se e acabam por morrer, num processo contínuo de renovação celular.

Quando este ciclo de renovação é alterado e são produzidas células alteradas ou que não são destruídas na altura programada, ocorre a formação de tumores.

O câncer de rim é uma doença do trato urinário que pode atingir homens e mulheres. O tipo mais comum é o carcinoma de células renais, que representa aproximadamente 90% dos casos e se origina nos rins, podendo se espalhar pelo corpo. Geralmente, desenvolve-se como um tumor único dentro de um rim, mas há casos de surgirem dois ou mais tumores dentro de um ou de ambos os órgãos, simultaneamente.

No Brasil estima-se uma incidência de 7-10 casos/100 mil habitantes/ano. São duas vezes mais frequentes nos homens que nas mulheres e ocorrem principalmente dos 50 aos 70 anos de idade. Existem vários tipos histológicos de tumores malignos no rim: carcinoma de células claras (70-90%), papilíferos (10-15%), cromófobos (4-5 %), ductos coletores (1%) e sarcomatoides (1%). A diferenciação histológica (Grau histológico de Fuhrman) é importante e são classificados em 4 graus e quanto maior o grau, mais agressivo é o tumor.

Fatores de risco do Câncer de Rim

Os fatores de risco relacionados à neoplasia renal são o tabagismo, a obesidade e a hipertensão. Destes, o tabaco é o que apresenta maior perigo – estando presente em até 30% dos casos. Também existe uma relação entre hemodiálise e câncer de rim. Cerca de 0,5 a 6% dos pacientes com insuficiência renal crônica tratados com hemodiálise desenvolvem carcinoma de células renais.

Fatores que podem aumentar o risco da doença:

  • Tabagismo;
  • Sedentarismo;
  • Sobrepeso/Obesidade;
  • Dieta pobre em vegetais e frutas.

Além disso, os pacientes com parentes de primeiro grau com câncer de rim ou com diferentes tumores de origem rara também têm predisposição à doença. Pacientes que já tiveram tumores em vários órgãos, tumores associados com outros defeitos congênitos, tumor em local raro e que tiveram um câncer em idade jovem apresentam risco para câncer de rim.

Sintomas do Câncer de Rim

Muitas das neoplasias renais são atualmente diagnosticadas acidentalmente, durante a realização de exame por imagem para investigar dor abdominal. Por vezes, não existem sinais de alerta e os tumores não causam sintomas durante muito tempo, o que os leva a crescer, a atingir maiores dimensões e a tornarem-se mais invasivos e agressivos.

Antigamente, estes tumores apresentavam-se na maioria dos casos com a chamada Tríade de Guyon: dor lombar, massa palpável e sangue na urina (hematúria), que traduzem já a presença de doença avançada. Felizmente com o avanço da medicina e o acesso a informação este cenário mudou.

Seguem alguns de seus sinais e sintomas:

  • Presença de sangue na urina, coloração anormal e avermelhada;
  • Dor nas costas concentrada principalmente abaixo das costelas;
  • Dor abdominal;
  • Presença de massa palpável;
  • Varicocele;
  • Perda de peso;
  • Dor no flanco;
  • Fadiga;
  • Febre intermitente;
  • Hipertensão arterial;
  • Alterações hormonais.

A maioria desses sintomas é causada por outras doenças que não são relacionadas a câncer, mas ainda assim devem ser investigadas por um médico.

Diagnóstico do Câncer de Rim

O diagnóstico da doença é feito com exames de imagem, como ultrassonografia, tomografia computadoriza e ressonância magnética. Normalmente o câncer de rim aparece como uma massa com um aspecto diferente do tecido do rim normal. Em até 20% dos casos essa massa pode ser benigna.

Entretanto, essa diferenciação normalmente é feita após a biópsia ou retirada do tumor com cirurgia. Em até 30% dos pacientes o câncer de rim já envolveu outros órgãos no momento do diagnóstico, as chamadas metástases. Dessa forma, quando feito o diagnóstico de uma massa suspeita para câncer de rim, um exame de imagem do pulmão deve ser realizado. Em casos de dor nos ossos ou sintomas neurológicos a cintilografia óssea e imagem do cérebro também devem ser realizadas.

Tratamentos para o Câncer de Rim

A escolha do tratamento depende do tamanho do tumor, de quanto o tumor cresceu para dentro do rim, se há presença do tumor em outros órgãos e da saúde geral do paciente.

As opções de tratamento incluem:

  • Cirurgia: é o tratamento mais comum e em geral o único necessário. A cirurgia do rim é chamada de nefrectomia, podendo ser radical ou parcial. Na nefrectomia radical é retirado todo o rim, a gordura em torno do mesmo e em alguns casos a glândula adrenal do mesmo lado. Em geral, a nefrectomia radical é realizada em tumores maiores e localizados na parte interna do rim. A nefrectomia parcial consiste na retirada apenas do tumor, preservando a função do rim normal e reduzindo o risco de o paciente desenvolver alteração da função renal. Normalmente, a nefrectomia parcial é realizada em tumores menores e apresenta a mesma taxa de cura que a nefrectomia radical. Tanto a nefrectomia parcial quanto a radical podem ser realizadas por via aberta ou laparoscópica.
  • Vigilância ativa: em alguns pacientes mais idosos, com outras doenças graves e com tumores pequenos e que não estão crescendo, pode ser indicado apenas acompanhamento com exames de imagem. Nesses casos, o tratamento é indicado somente quando a doença começa a crescer.
  • Ablação: forma recente de tratamento em que uma agulha é introduzida no tumor congelando (crioterapia) ou esquentando (radiofreqüencia) a lesão. Essa forma de tratamento ainda está em investigação e no momento, é apenas utilizada em alguns centros e em pacientes que apresentam lesões pequenas e que não toleram a cirurgia convencional devido a outros problemas de saúde.
  • Terapia sistêmica: o câncer de rim não responde, em geral, a quimioterapia convencional. Em pacientes que apresentam tumores grandes e extensos em que a cirurgia não é possível ou que apresentam comprometimento de outros órgãos (metástases) o tratamento de escolha é com uma classe de novos medicamentos, chamados de terapia alvo, ou terapia anti-angiogênica, que impede a formação de novos vasos sangüíneos que são necessários para o tumor crescer. A utilização desses medicamentos pode ser feito em associação com a cirurgia e tem apresentado resultados satisfatórios.
  • Radioterapia: o câncer de rim não responde bem a radioterapia. Normalmente, ela é utilizada em pacientes que apresentam dores ósseas por envolvimento tumoral, ou em alguns casos com tumores envolvendo o cérebro.

A probabilidade do câncer de rim aparecer novamente após a cirurgia depende de uma série de fatores, como o tamanho, tipo de tumor, localização, invasão local, entre outros. O ideal é ser feito seguimento com exames de imagem por longo prazo para um diagnóstico e tratamento precoce da recidiva.

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