Hidratação é ponto de alerta em pleno verão, pois falta de ingestão de água pode levar a problemas desde pedras nos rins ao envelhecimento precoce.
Em pleno verão, um dos cuidados básicos com a saúde diz respeito à hidratação. A falta ou insuficiência da ingestão de água pode causar problemas como infecção urinária e desidratação que, se não tratadas adequadamente, podem afetar diretamente os rins, gerar cálculos renais e até envelhecimento da pele.
A infecção urinária pode afetar homens e mulheres, embora elas sejam mais suscetíveis ao problema. O Ministério da Saúde aponta que as mulheres são 50 vezes mais propícias a desenvolvê-la. O urologista e cirurgião robótico do Hospital Israelita Albert Einstein de São Paulo e Goiânia, Fernando Leão, explica que a uretra da mulher é mais curta que a do homem e isso é um facilitador para que a bactéria consiga adentrar e chegar à bexiga. Uma das medidas recomendadas pelo médico é evitar a ducha higiênica, que pode facilitar a entrada de bactérias no organismo.
Ingerir água
Beber água é fundamental para manter o corpo em equilíbrio: 70% dele é formado pelo líquido. No verão, a perda de líquido é maior por conta do calor e da transpiração, processo que o corpo humano desenvolve para manter a temperatura equilibrada. Mas os cuidados para manter o corpo hidratado devem ser feitos mesmo em estações mais frias do ano.
“Para uma rotina de hidratação, é preciso criar o hábito de beber água de forma regular, criando uma rotina de volumes e horários para o consumo, priorizar o consumo de água, água de coco, chás gelados, sucos naturais, águas saborizadas para variar o paladar e aumentar o consumo”, observa Angélica Grecco, nutricionista do Instituto EndoVitta.
Além disso, roupas leves e uma boa alimentação também devem ser levados em conta para que o organismo se mantenha hidratado. Portanto, é importante investir na ingestão diária de verduras, frutas e legumes.
“A água pode ser ingerida de diversas formas: in natura e por meio de alimentos. A maior parte das frutas contém entre 80 e 90% de líquidos. Já as verduras e legumes cozidos, na forma de saladas, costumam ter mais de 90% do seu peso em água”, pontua a nutricionista.
Por outro lado, os alimentos ultraprocessados são escassos de água e muito pouco nutritivos. “Além de oferecerem um alto teor de sódio que pode levar à desidratação do corpo”, acrescenta.
Ainda segundo o urologista Fernando Leão, a desidratação pode levar a quadros de infecção urinária. “Tudo aquilo que é produzido no final das reações químicas, metabólicas no nosso organismo, esse lixo orgânico é eliminado tanto na urina, quanto nas fezes. Por isso, se você tem uma urina muito concentrada, consequentemente está favorecendo o surgimento, a proliferação bacteriana nesse liquido que é a urina”, adverte o médico.
Exercícios físicos
Quem pratica exercícios físicos, sejam atividades intensas ou não, deve redobrar o cuidado com relação à ingestão de água. Segundo Angélica Grecco, a transpiração pode variar muito durante as atividades físicas e isso pode levar à perda de 1 a 2 litros de água por hora. E isso pode variar levando-se em conta condições ambientais de temperatura e umidade relativa do ar.
“A recomendação para ingestão de líquidos antes, durante e após exercícios físicos visa prevenir a desidratação, que prejudica o funcionamento normal do organismo e do rendimento físico”, alerta.
Angélica ensina duas regras básicas para quem quer manter o corpo hidratado na hora de se exercitar:
1) A ingestão de 500 ml de líquidos cerca de 2 horas antes do exercício garante o início da atividade com um nível adequado de hidratação, além do tempo suficiente para eliminar o excesso de líquidos.
2) Principalmente durante a atividade física. A ingestão de líquidos deve compensar ou repor tanto quanto for possível a quantidade de líquidos perdida pela sudorese. Recomenda-se de 150 ml a 300 ml em intervalos regulares, a cada 15 ou 20 minutos.
Fonte: https://noticias.cancaonova.com/