Urologia & Cirurgia Robótica / CRMGO 9517 / CRMSP 88743 / RQE 4410

Câncer de Testículo

É a neoplasia sólida mais comum
em homens entre os 15 e 34 anos.

O que é o Câncer de Testículo?

O câncer de testículo é um tumor raro, representando somente 1% do total de tumores que acometem o homem. Trata-se de uma doença agressiva e está presente em homens entre os 15 e 35 anos de idade, e o pico de incidência ocorre aos 40 anos. Porém, é um dos tipos de tumores com maior chance de cura mesmo em estágios avançados.

São três vezes mais freqüentes em indivíduos brancos quando comparados aos negros. O fator de risco mais comum é a história prévia de criptorquidia (testículos não descidos durante a infância). Podemos citar ainda o uso materno de estrógeno durante a gestação, a atrofia testicular e o histórico familiar de tumor de testículos.

Os estudos epidemiológicos mostram que o câncer de testículo aumentou nos últimos 40 anos, possivelmente relacionado com poluição ambiental, uso de agrotóxico, anticoncepcional, etc. Portanto, o mais ambiente está transformado e isto é muito perigoso a população mundial.

Fatores de risco do Câncer de Testículo

Até o momento, não foram identificadas causas genéticas específicas na formação do câncer de testículo.

Entretanto, alguns fatores de risco estão fortemente associados:

  • 1- Idade – Diferente da maioria dos tumores, o câncer de testículo é mais comum em jovens do que em idosos, sendo os tumores mais comuns os que acometem homens entre 15 e 40 anos.
  • 2- Criptorquidia (testículos não descidos) – Pacientes que não tiveram seus testículos descidos naturalmente até a bolsa escrotal quando crianças tem um risco de 3-10X maior de desenvolverem câncer de testículo mais tarde.
  • 3- História Familiar – Estudos mostram que pacientes com histórico de câncer de testículo em familiares (pai, irmão) têm um risco maior de neoplasia que o resto da população.
  • 4- Raça – Esse tumor é mais comum em homens da raça branca.

Trauma escrotal, infertilidade e tabagismo são também apontados como fatores de risco porem muitos estudos são ainda conflitantes em demonstrar a real relação destes fatores com tumor de testículo.

Sintomas do Câncer de Testículo

Normalmente, quando o câncer de testículo está em seu estágio inicial, é assintomático. Os tumores de testículo podem se apresentar como nódulos indolores ou por aumento do volume do órgão. Alguns pacientes notam o problema pelo aumento de peso do testículo. Essas alterações podem progredir sem a percepção do paciente. Aumento das mamas (ginecomastia) pode também ocorrer em alguns tumores de testículo. Ela ocorre devido ao aumento de produção de estrógenos ou por deficiência da formação de andrógenos.

Algumas doenças podem envolver os testículos e levar a um aumento de volume escrotal que podem ser confundidos com tumores. Dentre estas destacam-se as inflamações testiculares e do epididimo (orquiepididimites), hidrocele (acumulo de agua em volta do testículo) hérnias inguinais entre outros.

Como regra geral, qualquer quadro agudo envolvendo o testículo que curse com aumento de volume testicular em pessoas jovens e que não resolver em 7-10 dias de tratamento convencional deve levantar suspeitas quando à presença de tumor. Em 10% dos casos, o paciente apresenta-se com manifestações de doença metastática como dor lombar,dispnéia, vômitos,ginecomastia ou perda de peso.

No exame físico do paciente, geralmente palpa-se o nódulo ou o testículo endurecido, indolor. Outras estruturas do saco escrotal (epidídimo, canal deferente), não estão envolvidas, a não ser em casos mais avançados.

Diagnóstico do Câncer de Testículo

Além de um exame clinico cuidadoso o qual costuma revelar a presença de massa testicular endurecida, alguns exames são necessários para confirmar ou afastar o diagnostico de um câncer testicular. Entre os exames laboratoriais incluem-se a Alfa fetoproteina e beta-HCG que são marcadores tumorais, isto é, substâncias produzidas pelos tumores e que estão aumentadas na sua presença.

Outros exames como a ecografia testicular, fornece informações sobre o volume e localização do tumor, bem como possibilita a avaliação do outro testículo. Tomografia de abdome e tórax além de Raio X de tórax são empregados para avaliação da extensão da doença e pesquisa de metástases ganglionares.

Da mesma forma que as mulheres realizam o autoexame da mama, os homens devem apalpar os testículos e observar possíveis alterações na região, pois quando a doença é detectada precocemente as chances de cura são muito grandes.

Tratamentos para o Câncer de Testículo

Uma vez confirmada a suspeita clínica, o passo seguinte é a exploração inguinal. Realiza-se uma incisão na região inguinal do paciente e por ela o testículo é tracionado. Um fragmento da lesão (biópsia) é retirado e mandado para o patologista. Se for confirmada a presença de tumor maligno, o testículo é extirpado (orquiectomia).

Radioterapia e quimioterapia são também tratamentos propostos e são empregados em algumas situações. A escolha do tratamento ideal dependerá principalmente da extensão da doença ( estadiamento) e tipo histológico do tumor.

O câncer de testículo é facilmente curado quando detectado precocemente. Para isso, nas situações de aumento de volume testicular cuja resolução não acontece com alguns dias de tratamento convencional com medicamentos, um profissional da área de saúde de preferencia um medico urologista, devera ser consultado com a maior brevidade possível.

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