Urologia & Cirurgia Robótica / CRMGO 9517 / CRMSP 88743 / RQE 4410

Cirurgia Laparoscópica para HPB

Abordagem cirúrgica minimamente
invasiva para tratar a HPB.

Em que consiste a Cirurgia Laparoscópica para HPB?

A cirurgia por via laparoscópica é uma abordagem cirúrgica minimamente invasiva, com menor traumatismo cirúrgico. Trata-se de uma forma mais avançada de prostatectomia, menos agressiva do que a tradicional. A cirurgia envolve a remoção exclusiva da parte interna da próstata que está a provocar a obstrução e as queixas urinárias, através de pequenas incisões que são feitas na pele para permitir o acesso ao laparoscópico (aparelho através do qual o médico consegue visualizar a zona a tratar) e os instrumentos cirúrgicos.

Ao contrário da prostatectomia radical, a cirurgia por via laparoscópica no tratamento da HPB não remove a totalidade do órgão. A técnica é indicada para doentes com próstatas de grandes dimensões. Em relação à cirurgia por via aberta, a laparoscopia tem inúmeras vantagens, tais como menor perda de sangue durante a intervenção, tempo de recuperação do paciente mais rápido e menor tempo de internação hospitalar.

Como é o procedimento da Cirurgia Laparoscópica?

Antes da cirurgia, o paciente é alvo de uma avaliação clínica pormenorizada. O objectivo é identificar problemas de saúde prévios, tais como tensão arterial elevada, diabetes, problemas cardiovasculares, entre outros e que podem aumentar o risco operatório.

São habitualmente solicitados exames de imagem, análises sanguíneas, urina e eletrocardiograma. O paciente também deve informar o médico de toda a medicação que faz uso. Alguns fármacos podem ter que ser interrompidos, sobretudo, aqueles que têm como função tornar o sangue mais fluído e menos viscoso, porque aumentam o risco de hemorragia.

A amplificação da imagem que se consegue com esta vídeo-cirurgia oferece ao cirurgião melhor exposição dos órgãos a operar e das estruturas adjacentes, vasos sanguíneos e nervos. Como resultado, manobras delicadas podem ser realizadas por esta via, protegendo estruturas importantes durante a remoção dos tecidos e órgãos.

A intervenção é realizada com o paciente sob efeito de uma anestesia. Na cirurgia laparoscópica são realizadas pequenas incisões na zona inferior do abdómen para permitir o acesso do laparoscópio e instrumento cirúrgicos necessários à realização do procedimento.

De seguida, é colocado um dispositivo de iluminação com uma mini-câmara de vídeo num dos orifícios para ajudar o seu cirurgião a operar, abordar os diferentes órgãos e a próstata, e remover o “núcleo” aumentado deste órgão. Este tecido aumentado de volume é removido através de um dos pequenos orifícios no abdómen. Esta abordagem reduz os efeitos secundários e riscos de complicação. O paciente tem menos dor no pós-operatório e menos risco de hemorragia durante a intervenção.

Este tipo de cirurgia é frequentemente menos dolorosa e envolve um menor tempo de recuperação. Por vezes esta cirurgia é feita usando recursos robóticos e é chamada de prostatectomia simples assistida por robô. No entanto e como em muitas outras cirurgias urológicas, não é necessário um robô para efetuar este procedimento, porque aumenta muito os custos do tratamento, sem vantagens relevantes.

Como é o pós-tratamento da Cirurgia Laparoscópica?

Após a cirurgia por via laparoscópica habitualmente seguem-se alguns dias de internamento hospitalar. Depende do sucesso e extensão da intervenção. Em alguns casos, os pacientes têm alta hospitalar em 1 a 2 dias após o procedimento, em outros casos o internamento pode durar mais algum tempo.

Após a cirurgia laparoscópica, o paciente deve esperar ter:

  • Curativos nos locais de incisão;
  • Dreno para remover algum líquido que necessite de drenagem no pós-operatório;
  • Catéter para ajudar a drenar a urina da bexiga.

O paciente pode ter alta e regressar a casa com o catéter, enquanto decorre o processo de cicatrização e cura. Após a cirurgia o paciente é avaliado diariamente, enquanto está internado no hospital. Depois da alta, terá a primeira consulta entre os 15 dias e o primeiro mês depois da intervenção.

Depois destas consultas iniciais pouco tempo depois da cirurgia (habitualmente até aos 3 meses), os pacientes deverão ser acompanhados anualmente. Nas consultas deve ser solicitado o PSA e efetuado o toque retal. Os objetivos desta avaliação anual são avaliar a continuação do sucesso da intervenção e o despiste da eventual presença de indícios de câncer da próstata.

Perguntas frequentes sobre a Cirurgia Laparoscópica para HPB

Esta cirurgia é utilizada para remover o aumento benigno da próstata, de modo a que a próstata deixe de comprimir a uretra e obstruir a passagem da urina, o que provoca os sintomas e queixas urinárias no paciente. Está reservada para próstatas de grandes dimensões.

Não, a parte que é removida é a que deu origem ao aumento de volume e que causa as queixas apresentadas. Existe uma parte do tecido prostático que não é removido (a zona mais periférica da próstata).

A indicação para cirurgia laparoscópica em um paciente com HPB coloca-se em casos de próstatas muito volumosas, como alternativa à cirurgia aberta. Em relação a esta última, a cirurgia laparoscópica tem várias vantagens como provocar menor perda de sangue, diminuir o tempo de internação e permitir uma rápida recuperação.

Sim, todos os pacientes recebem acompanhamento durante a internação e após a alta. Habitualmente efetua-se uma primeira consulta 15 dias a 1 mês depois da intervenção; geralmente há outra avaliação por volta dos 3 meses. A partir dessa consulta, os pacientes deverão fazer um exame anual, com toque rectal e PSA.

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