Cirurgia Laparoscópica no
tratamento do Tumor do Rim.
Em que consiste a Cirurgia Laparoscópica para o Tumor do Rim?
A cirurgia atualmente recomendada consiste na remoção na totalidade do rim (nefrectomia radical) ou na remoção do tumor e tecidos circundantes do mesmo (nefrectomia parcial ou tumorectomia) por via laparoscópica – ou seja, sem a incisão inerente a uma cirurgia “aberta”. Sempre que possível, é desejável realizar uma nefrectomia parcial, de modo a preservar a função renal.
A utilização desta técnica depende sempre do estadiamento e da performance do paciente. Sendo uma cirurgia minimamente invasiva, a cirurgia laparoscópica proporciona uma recuperação mais rápida, com menos dor, com menor tempo de internação no hospital/clínica, com menor perda de sangue e recuperação mais rápida, comparativamente com as cirurgias clássicas.
Qual é o procedimento da Cirurgia Laparoscópica?
Na cirurgia laparoscópica para o tratamento do tumor do rim, como em todas as cirurgias laparoscópicas, são feitas pequenas incisões no abdómen do paciente, de apenas alguns milímetros, por onde são introduzidos os instrumentos cirúrgicos.
Um destes instrumentos é um laparoscópico que tem uma câmara de vídeo, que capta imagens do interior da cavidade abdominal do paciente, permitindo ao cirurgião operar visualizando o interior do abdómen num monitor de televisão.
O rim é removido na totalidade (ou, no caso da nefrectomia parcial, apenas parte do rim) por uma incisão, que na ocasião é alargada, para que o órgão (ou parte dele) consiga ser extraído. Os tumores muito volumosos, que invadiram tecidos em torno do rim ou que invadiram estruturas venosas, como a veia cava inferior, podem não ser passíveis de remoção por este tipo de cirurgia.
Atualmente já é possível fazer este tipo de procedimento cirúrgico com o auxílio de um robô, que proporciona movimentos mais precisos dos instrumentos. No entanto, na nefrectomia radical não é uma mais valia significativa. Em relação à nefrectomia parcial, pode tornar a cirurgia mais simples, mas não é um equipamento essencial para este tipo de tratamento, ao contrário de outras situações.
Nefrectomia Laparoscópica Radical
A cirurgia radical foi popularizada por Robson em 1969 e consiste na remoção total do rim, da fascia de Gerota e da gordura perirrenal (que envolvem o rim), da glândula suprarrenal e dos gânglios linfáticos do “hilo renal” (junto à artéria e veia renal). Está é indicada para lesões volumosas ou em lesões não passíveis de cirurgia parcial e ainda em pacientes com doença metastática e boa performance.
Nefrectomia Laparoscópica Parcial
Esta cirurgia é considerada a “gold standard” para lesões pequenas e consiste na remoção total da lesão renal e tecidos adjacentes, com preservação da restante parênquima renal.
As indicações para a realização deste procedimento podem ser:
- Absolutas – em caso de rim único ou neoplasia bilateral;
- Relativas – presença de patologia que afecta função renal;
- Eletivas – lesões pequenas (T1a) e rim contralateral normal.
Nas indicações eletivas, as taxas de recidiva e de sobrevivência são semelhantes às da nefrectomia radical. Quando se efetua esta cirurgia laparoscópica parcial, normalmente realiza-se uma clampagem vascular, dos vasos que irrigam o rim, o que minimiza as perdas sanguíneas e facilita o procedimento.
Como é o pós-tratamento da Cirurgia Laparoscópica?
Os pacientes que realizam tratamento cirúrgico (tanto a nefrectomia radical, como a nefrectomia parcial) mantêm um acompanhamento médico regular. A avaliação médica é feita por um período de, pelo menos 5 anos. Neste período são pedidos vários exames de diagnóstico, para perceber se existe recidiva do tumor do rim e, se tal ocorrer, esta ser detectada o mais rapidamente possível.
Os exames mais pedidos ao longo do seguimento são a TC torácica, abdominal e pélvica (além de análises ao sangue e urina, igualmente regulares). Esta pode ser alternada com ecografia abdominal e radiografia do tórax, de modo a limitar as radiações às quais os pacientes são expostos.
Perguntas frequentes sobre a Cirurgia Laparoscópica para o Tumor no Rim
Esta cirurgia minimamente invasiva é feita através de incisões feitas na cavidade abdominal do paciente, por onde passam instrumentos que auxiliam as ações do médico. A cirurgia pode ser radical (nefrectomia radical) ou parcial (nefrectomia parcial). Se o tumor for muito pequeno, em alguns casos é possível realizar uma tumorectomia (em que se retira apenas o tumor e o tecido circundante, como margem de segurança).
Esta técnica por via laparoscópica oferece muitas vantagens ao doente, como por exemplo ter um menor tempo de internação, uma recuperação mais rápida, menos dores pós-operatórias, menos risco de lesão de outros órgãos e de outras complicações, como hérnias ou infecções.
Sim, devem ser respeitadas as indicações dadas pelo médico para a preparação pré-cirurgia. Por norma, não se pode comer ou beber 6 horas antes do procedimento cirúrgico, condição essencial para realizar uma anestesia geral. Em alguns casos, a medicação habitual é interrompida, pelo que o paciente deve abordar esta questão com o seu urologista.
Sim, como em qualquer outra cirurgia. Neste caso específico, podem ocorrer lesões de outros órgãos (como o intestino, o fígado, o pâncreas, o baço ou vasos major), hemorragia, infecção ou hérnias – mais tardiamente. No entanto, é um procedimento eficaz e seguro, o mais utilizado e o recomendado, atualmente.
O paciente pode sentir algumas dores ou desconforto no pós-operatório, no local das incisões, no abdómen ou no ombro. O tempo médio de internamento é de 2 a 4 dias. O retorno às atividades do dia-a-dia é relativamente rápido, embora não se recomendem esforços físicos, até que passem pelo menos 30 dias após a alta.
Sim, o paciente pode viver apenas com um rim (tal como, quando se faz um transplante renal, se transplanta apenas um rim). Há pessoas que nascem apenas com um rim e outras em que um dos rins, por algum motivo (por exemplo por obstrução por um cálculo renal), deixa de funcionar – e isso não impede uma vida normal.
No entanto, é necessário que se preserve esse rim após a intervenção, pelo que são necessários alguns cuidados, de modo a que a função do rim se mantenha e se reduza o risco aumentado de doença renal crónica.
É essencial, por exemplo, controlar a tensão arterial e controlar uma eventual diabetes, problemas que podem levar à diminuição da função do rim. A redução da função renal pode também ser um fator de risco para o aparecimento de doenças cardiovasculares.
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